sábado, 30 de julho de 2016

Capítulo 1 - Entrega a Domicílio!

Kalos. Ah, Kalos, a região mais elegante e perfumada do mundo Pokémon. Dona de um dos maiores fluxos turísticos e da mais aclamada e refinada culinária. Em sua maior cidade, Lumiose, se encontra a Torre Prisma, uma construção magnífica, apreciada por várias pessoas todos os dias, e palco de um dos oito ginásios de batalhas Pokémon do país. Ao redor da Torre, um belo parque, de um verde bonito de se olhar, atrai casais, crianças e, até mesmo, famílias inteiras, se divertindo com seus Pokémon. No centro e no subúrbio da cidade, casas coloridas e simples repletas de flores nos canteiros das janelas, bistrôs e cafés apreciados por habitantes e turistas, lojas de roupas chiques, galerias de arte, mercadinhos e padarias contrastam com o barulho dos carros, táxis e motocicletas, que dão um ar moderno à cidade, juntamente com os centros tecnológicos, faculdades modernas, shoppings e edifícios que alcançam o céu azul e limpo repleto de Pokémon voadores, por onde também passam aviões que levam pessoas para qualquer lugar de dentro ou fora do país. É nesse cenário, mais precisamente em um beco escuro cheio de Pokémon fuçando as latas de lixo, que um homem vestido de casaco bege anda por entre as sombras, aparentemente com receio de ser visto. É então que, rapidamente, o estranho adulto entra em uma casa de portas abertas localizada na esquina do beco onde estava.
Bien, como eu pensava, andaram revirando minhas coisas. — Ele percebe, reparando nas gavetas abertas, nas estantes bagunçadas e nos papéis e livros espalhados pelo chão. 
Andando pela casa cheia de pó e teias de aranha, o homem anda até uma parte da dispensa, tirando um tapete indiano empoeirado que ali se encontrava, intacto, como percebera, e abrindo uma espécie de alçapão que estava sob a peça. Ele desce as escadas que davam para um lugar escuro e anda mais sujo e abandonado que o resto da casa.
— Parece que não encontraram meu esconderijo. Idiots. — Depois de ter descido os degraus de madeira, feito do mesmo material do restante do porão, ele encontra uma cordinha e a puxa, acendendo uma lâmpada amarelada. 
Podendo enxergar a sala, o moreno vai até uma mesinha com um computador velho tão empoeirado que parecia mais marrom ou preto do que branco. Ele aperta um botão no teclado, dando vida ao aparelho antiquado. 
Depois de pôr a senha, ele vai até sua biblioteca virtual e procura um arquivo intitulado apenas como ''Flare''. 
Très bien, parece que a ruína finalmente chegará àqueles bandidos. Preciso mostrar isso a alguém, preferencialmente alguém que não seja da polícia ou esteja envolvido com os planos malucos do ruivo. Talvez... — Ele faz uma pausa para pensar. — Bem, terei de me arriscar ou não só Kalos, mas todo o mundo Pokémon, será atingido por uma catástrofe.

Capítulo 1 - Entrega a Domicílio!
Temporada 1 - Arco 1.

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Enquanto isso, na cozinha de um pequeno bistrô, em uma das ruas mais clássicas de Lumiose...

Parfait, mademoiselle! Seu pedido chegará em sua residência em poucos minutos. Mandarei meu filho levar o mais depressa possível, muito obrigado por confiar no Prisme Bistrô! — A mulher com sotaque Kalosiano encerra a ligação, anotando em um pequeno bloquinho o que a senhora no outro lado da linha lhe dizia.  A senhorita de cabelos castanhos e curtos, com uma blusa verde amarrada na cintura e um passarinho laranja no ombro andava de patins pelo cômodo repleto de utensílios culinários e com algumas panelas no fogão.
— Pois é, Fletchling, parece que hoje teremos muitos fregueses! — Ela fala com o pequeno Pokémon, que responde com um piado. — Essa dona parece ser bastante rica para morar num hotel assim tão luxuoso. Bem, o que importa é que pediu comida para um batalhão e esses pedidos assim são sempre bem-vindos! Vou acordar o Xavier para ele ir fazer a entrega. 
A mulher se dirige até o corredor da casa/restaurante e sobe os degraus que levavam até o segundo andar do local. Ao chegar no cômodo de cima, ela bate à porta de um dos dois quartos dali.
— Xavier, já está pronto? 
— Já estou indo, mãe! — Uma voz masculina responde, fazendo com que a mulher esboce um sorriso.
— Muito bem, meu amor, já temos uma entrega para ser feita, preciso que vá até o Grand Hotel Lumius. — Ainda com a caderneta na mão, ela tira uma folha do bloquinho de papel e passa a folha por debaixo da porta do quarto. 
Très bien, já estou indo! 
Com a resposta, a moça desce as escadas novamente, mas agora sem o seu fiel Pokémon, que acaba voando por uma das janelas do prédio e rodeia, entrando novamente por uma das janelas do segundo andar. 
~Fleew~ — O bichinho pousa em uma mesa com uma ilustração de pokéball, enquanto observa o silêncio que reinava no quarto. Ele então começa a voar novamente, percorrendo todo o quarto, mas com a mira em um só lugar: a cama, onde um garoto dormia tranquilamente.
~Fleetchin!~ 
De repente, o passarinho laranja parte em alta velocidade com seu bico até o menino, aparentemente com o propósito de acordá-lo. 
— Aaaaaaaaah! — O jovem rapaz solta um grito estrondoso, assustando até mesmo as pessoas de fora da casa. O Fletchling volta a voar, enquanto ele se levanta de supetão. — Mon Dieu, Fletchling, não posso ter 5 minutinhos a mais de sono que você já vem me atazanar. 
O Pokémon o olha com uma expressão de deboche e, ao mesmo tempo, de dever cumprido.
— Humph, nem me olhe com essa carinha de cachorro pidão. — O menino logo volta a se encantar com a ave, que pousa em seu ombro.
~Ling!~
— Puxa, você tem razão, já está mesmo tarde. — O garoto diz, observando o relógio preso na parede. — É melhor eu me arrumar logo ou mamãe virá aqui me cobrar.
Dito e feito. Em apenas alguns minutos, o jovem de cabelos negros tira seu pijama e veste um visual bem moderno, composto por jaqueta azul, jeans pretos, um chapéu vermelho com óculos escuros na aba,  a bolsa onde levava os pedidos. Em suas mãos, estavam seus patins, que usava para entregar os pedidos à domicílio.
Vois là, Estou pronto para fazer a entrega. É melhor descer logo, vamos, Fletchling! 
~Fleww!~ 
Com Fletchling no ombro, o jovem pega o papel que a mãe tinha passado por debaixo de sua porta e desce as escadas rapidamente, indo direto à cozinha, que tinha um cheiro de comida muito bom, para evitar que leve uma bronca de sua mãe. Mas já era tarde demais, já tinha demorado bastante.
Trés bienMonsieur Xavier. Resolveu tirar mais alguns minutinhos de cama, hein? — Ela pergunta, enquanto lavava alguns legumes.
— Err... Pardon, mamãe, me desculpe, mas é que ontem eu fui dormir muito tarde.
— Humph, já imagino o porquê. Ficou até de madrugada assistindo aquele Campeonato Pokémon pela televisão, não foi? — Ela não espera o garoto responder. — Eu já lhe disse que pode assistir esses programas à vontade, desde que não seja na hora do trabalho ou  que não seja muito tarde. Sabe muito bem que precisa acordar cedo para ir entregar os pedidos e, falando nisso, é bom se apressar, pois a cliente já deve estar esperando! 
Oui, estou indo agora mesmo... 
Ele calça os patins que havia trazido do quarto, patinando até para fora de sua casa, passando pelo bistrô que sua mãe administrava. Era um lugar muito bem arrumado, simples e aconchegante, bem a cara de Kalos. Alguns clientes se sentavam nas cadeiras que rodeavam as mesas de cor vinho que ficavam dentro e também fora do restaurante, na calçada. 
— Nada melhor que sentir o arôme Kalosiano logo de manhã cedinho. — Ele para em uma calçada para se espreguiçar e observar os habitantes passeando com seus Pokémon, até que vê um cartaz na parede de uma loja:
— Como eu queria participar... — Ele ressalta, ficando chateado, mas tendo de seguir viagem.
Na verdade, Xavier sempre quis ser um treinador Pokémon. Era apaixonado pelas batalhas que assistia na TV, mas nunca pôde se quer ir à algum ginásio ou estádio Pokémon, já que sua mãe, por um motivo que ele nunca tomou conhecimento, nunca gostou de batalhas e nunca deixou o garoto seguir por esse caminho. Na Liga Kalos, treinadores de todo o país competem com oito mestres Pokémon, os líderes de ginásio, e, quando conseguem derrotar todos, ganham uma passagem para o grande campeonato, que ocorre logo quando 32 dos inscritos tem reunidas as 8 insígnias Kalosianas, provas de que venceram os líderes. O grande vencedor da Ligase torna o Campeão de Kalos, tendo a oportunidade de enfrentar a Elite 4. Se derrotar esse grupo, que contém os 4 maiores treinadores do país, pode batalhar contra a Grande Campeã, Diantha, e, se vencer, o que não é nada fácil, se torna o novo Grande Campeão Kalosiano, ou seja, o mestre Pokémon mais forte de Kalos. 
Depois de muito andar, Xavier percebe o quão longe era o local da entrega, depois de patinar durantes uns bons minutos. Ele olha para o papel que recebera da mãe novamente e percebe que a bela construção bem na esquina da rua onde estava era o Hotel que o freguês tinha dito ao fazer o pedido.
Mon Dieutrès belle
Impressionado com o prédio luxuoso, o garoto fica paralisado por alguns segundos. De repente, um dos guardas que ficavam nos portões do Hotel dirige até si.
— O que quer aqui, garoto?
— Oh... — Xavier acaba despertando do transe que se encontrava. — Desculpe, monsieur, vim fazer uma entrega de comida para o quarto 332 e acabei me impressionando com a imponência desse lugar.
— Humph, acontece. Pode entrar, mas antes terei que revistá-lo. 
— Ahn, tudo bem... eu acho.
Depois de ser revistado, o guarda abre os portões para o jovem, que dá de cara com um luxuoso espaço, onde algumas pessoas conversavam, reunidas em mesas. Ele para em frente à atendente do Hotel, que checava alguma coisa nos computadores.
Bonjour, em que posso ajudá-lo? — A moça pergunta.
— Vim fazer uma entrega de comida para o quarto 332. 
— Um instante, s'il vous plaît. — Ela pede, indo até um telefone e ligando para o quarto-destino de Xavier, que esperava, enquanto observava os móveis nobres e as pessoas refinadas.
Depois de conversar pelo telefone, aparentemente comunicando a hospedada no quarto, a atendente volta e permite que o rapaz suba, lhe dizendo em que andar devia ir.
Merci! — Ele agradece e logo se dirige ao elevador, onde aperta algum botão. As portas de aço se fecham e ele começa a subir para onde deveria fazer a entrega. 
Chegando em seu destino, as portas se abrem e Xavier sai do espaço apertado, dando de cara com um corredor cheio de portas coloridas. Ele percebe que aquele era o andar onde ficavam as suítes e, como sua mãe tinha dito, a freguesa parecia ser muito rica. Ao encontrar o quarto 332, ele aperta a campainha, com medo de que a senhora estivesse com raiva por ter demorado tanto.
De repente, a porta é aberta por uma mulher com um visual elegante e, ao mesmo tempo, estranho, como se estivesse disfarçada.
— Pois não? 
Bonjour, madame, vim fazer a entrega do pedido que fez para o Prisme Bistrô, mil perdões pela demora e espero que goste da nossa comida. 
— Oh, pas de problème, não tem problema, jovenzinho. Vou pegar o dinheiro para lhe pagar, se quiser pode entrar e se sentar. — Ela diz, sorrindo para o jovem, mas ainda sem tirar o óculos, e se retira para dentro do quarto.
Excusez-moi, com licença. 
Entrando no quarto, Xavier fica deslumbrado, com os olhos brilhando. Ele nunca tinha visto um quarto tão bonito assim em toda sua vida, com móveis aparentemente antigos e muito finos, tecidos de cama e cortinas da mais pura e rica seda, enfim, era como se estivesse na terra do ouro. Sua atenção, no entanto, muda de direção para a TV, onde era transmitida a batalha Pokémon entre Diantha Hepburn, estrela de cinema e modelo, e Siebold Blanc, um dos treinadores da Elite 4.

(Dê play para a música lhe proporcionar uma leitura mais agradável. Se a outra ainda estiver tocando, pode pará-la.)

— Gardevoir, está pronta para o que planejamos?
~Voir!~ — Em frente à bela mulher de cabelo curto e roupa branca muito bonita, estava uma Pokémon com ar majestoso e postura invejável, de uma elegância sem tamanho, que confirma sua pergunta.
— Ahn? — O oponente de Diantha se sente confuso e também desconfiado, sem saber o que era o tal plano das duas. 
— Verá agora, Siebold. Eu e Gardevoir planejamos isso há bastante tempo, só esperávamos o momento certo para pôr em prática. Depois de todos os treinamentos, eu confio em você, mon amour, nossos laços estão conectados da mais fiel forma possível! Transcenda a evolução, MEGAEVOLUA! — Com essas palavras, treinadora e Pokémon pousam suas mãos sobre seus colares, que continham pedras parecidíssimas, enquanto a enorme platéia observava, com atenção, cada movimento dos que estavam em campo, e esperavam curiosos o que estava por vir.
— AGORA!
~Voooooooooir!~ 
Os colares das duas começam a emanar feixes de luz de um brilho intenso, fazendo com que a platéia, Sielbold e seu Pokémon, uma grande lagosta azul, fechassem os olhos, já que não queriam se cegar. A luz então some, deixando com que os que estavam ali, presentes no ginásio, enxergassem aquele evento inédito e magnífico.
~Voir!~  — A Pokémon de Diantha acaba por mudar de forma, para um visual muito mais elegante do que o primeiro, fazendo a platéia ir ao delírio.
~WHOOOOOOOOAAAH!!~
''É incroyable, madame et monsieur! A magnífica Diantha acaba de megaevoluir seu Pokémon! — O narrador também ia à loucura.
— M-mas... Mas como você conseguiu fazer isso?! — Siebold custava a acreditar.
— Essa é uma técnica milenar, tive anos de treinamento com um sábio homem para conseguir atingir esse feito, tive de me conectar e amar Gardevoir mais do que nunca, mas parece que todos os esforços valeram à pena. 
— Bem, isso não importa. Alguém da Elite 4 jamais pode desistir ou recuar, sempre temos de batalhar. Esse é o nosso lema e tenho de cumpri-lo, não é mesmo, Clawitzer?
~Crawwtzer!~ — O Pokémon monstruoso e bizarro parecia continuar confiante na batalha.
Bien, podemos dizer que agora você conhecerá o lado mais elegante das batalhas Pokémon. Haha, Gardevoir irá lhe ensinar boas maneiras.
— Não, não, madame. Clawitzer vai escaldar sua Pokémon assim como escaldo os legumes na cozinha de meu restaurante. Amigo, ataque-a com Aura Sphere!
Clawitzer armazena energia azul dentro de si e depois lança o ataque em direção à Pokémon adversária. Essa, porém, desvia, através de uma ordem de Diantha, e logo após utiliza o ataque Bola das Sombras, lançando várias esferas de energia escura na lagosta.
O Pokémon de Siebold não consegue desviar a tempo e é atingido. Gardevoir então aproveita que o oponente estava atingido e confuso para  armazenar energia proveniente da lua que brilhava intensamente no céu, e, a mando de sua treinadora, ataca o alvo com todo o poder lunar que tinha armazenado, produzindo uma esfera de energia e a lançando para cima, fazendo com que os raios caíssem na direção de Clawitzer.
Enquanto a plateia vibrava e dezenas de repórteres tiravam fotos, o poderoso ataque, que possuía um mix de cores belíssimo, atinge a lagosta, causando uma explosão que faz a poeira do campo subir. 
Trés bien, Gardevoir, está saindo tudo como queríamos! — Ela e sua Pokémon vibram.
~Voir!~
Mon Dieu, o que terá acontecido com o Clawitzer de Siebold? Bom, nos resta apenas esperar que essa poeira disperse para voltarmos à batalha! 
De repente, a areia dispersa, revelando o Pokémon aquático extremamente machucado, mas ainda consciente. Siebold fica feliz com isso, mas ainda inseguro com o poder extremo que a megaevolução proporcionava à oponente.
— Vamos acabar com isso como uma estrela explodindo. Brilhe o máximo possível, Gardevoir! 
Le jeu est pas fini jusqu'à ce que quelqu'un perd. O jogo só acaba quando alguém perde! Clawitzer, reaja com Scald!
A lagosta gigante ataca a oponente com um potente jato de água escaldante, porém Diantha não ordena nada à sua Pokémon, o que faz com que Gardevoir seja atingida, perdendo um pouco de seu HP e também ficando queimada. É então que uma fumaça negra começa a sair de Clawitzer, e sua crosta começa a queimar. 
— Como isso pode ter acontecido?! — Pergunta Siebold, confuso com o que estava aconecendo.
— Mega Gardevoir possui a habilidade ''Sincronizar'', que retribui um dano de envenenamento, queimadura ou paralisia ao Pokémon que utilizou o ataque. Minha diva ainda possui um HP considerável e Clawitzer está muito fraco para atacar. Essa batalha termina agora.
Ami, amigo, por favor, ataque! — Siebold ordena, porém seu monstro estava fraco demais para isso. 
É então que Gardevoir começa a ser envolta por uma aura azul, e seus olhos também passam a mudar de cor. Ela então rodopia por todo o campo como em uma demonstração de balé, até que, de supetão, armazena energia psíquica em suas mãos e ataca o oponente, o deixando inconsciente.
— E isso termina com une attaque psychique. — A campeã se vangloria, vendo o espetáculo da explosão de cores que o raio psíquico tinha causado ao atingir o Pokémon adversário. Para uma estrela de cinema, aquilo era impagável.
A transmissão termina com a imagem dos dois treinadores apertando as mãos, enquanto uma chuva de confetes caía sobre o campo. A plateia gritava o nome ''Diantha'' sem parar, todos a amavam há muito tempo, porém agora a mulher havia conseguindo a maior conquista de sua carreira como treinadora. 
— Gosta de batalhas Pokémon? — A mulher chega de surpresa, fazendo uma pergunta ao garoto.
— Oh, pardon Mademoiselle. Gosto sim, essa que acaba de ser transmitida é uma das minhas preferidas. Diantha é uma das minhas inspirações.
— Eu também adoro ela. — A moça solta um risinho. — Já pensou em seguir carreira de treinador?
— Já sim, muitas vezes, mas não posso.
— Por que não?
— Minha mãe me proíbe, não sei porque, nunca soube. Mas me desculpe por estar lhe atazanando com meus problemas pessoais, enfim, espero que gostem da comida. — Xavier se levanta da cadeira onde estava sentando e vai em direção à porta, porém a mulher pega em seu braço, o impedindo de prosseguir.
— Acalme-se, não está me atazanando, eu que fiz a pergunta, você só respondeu educadamente.
Bien, obrigado por perguntar e querer saber, mas acho que minha mãe vai estranhar e ficar com raiva se eu demorar.
— Eu entendo. Também tenho um compromisso para ir, só irei comer um pouco antes de ir.
— Falando na comida, desculpe me intrometer, mas o que uma moça tão elegante faz pedindo no bistrô da minha mãe? É um lugar tão simples, que serve comidas tão simples...
— Eu adoro experimentar comidas novas, de todos os cantos do mundo, por isso todo dia peço comida em um restaurante diferente. E, claro, quando posso também vou eu mesma até o local.
— Ah, entendi, é uma crítica gastronômica.
— Oh, não, não. Sigo uma carreira bem diferente. 
— Posso saber qual?
— Hm... digamos que eu faço várias coisas. — Ela responde, tirando os óculos escuros.
Xavier fica em estado de choque. Será aquela moça quem ela pensava que fosse? A grande campeã e superstar, Diantha?
— V-você é... — Ele não consegue completar.
— Bem, não importa quem eu seja, lhe desejo que consiga seguir seu sonho!
— Mu-- — O garoto é interrompido por um barulho. De alguma forma, um grande ventilador que pendia no teto liga sozinho.
— Oh, como esse ventilador ligou? — A mulher se pergunta, Xavier também estava curioso, mas preferiu ficar calado. — Hm, não importa, deve ser automático.
Ela se dirige até um interruptor e aperta o botão para desligar o ventilador, porém a máquina acaba ficando ainda mais veloz, a ponto de sair faíscas.
Mais ce que?!  — Diantha, se interrogando, vai até o telefone de parede do quarto, enquanto Xavier se amedrontava, achando que o ventilador podia partir a qualquer hora para cima dele. E absurdamente isso aconteceu, mas não com ele, e sim com sua ídolo. O aparelho eletrônico se soltou do teto de alguma forma e começou a voar em direção à mulher, como um helicóptero, zunindo muito. 
— Huh?
— Diantha!!! 

Continua!